segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fotos da viagem a Porto Feliz...

 Igreja matriz

 Igreja matriz

 Igreja matriz

 Prédio com arquitetura colonial portuguesa

 Barco indígena

 Paredão

 Paredão

Caminho até o paredão

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ondjaki lê trecho do livro.wmv



Aqui, o autor Ondjaki lê uma parte do livro AvóDezanove e o Segredo do Soviético. Recomendo a leitura!

Ondjaki.wmv

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Hanami - Cherry Blossoms


Bom, para começar essa série de postagens sobre o Japão, parto de um filme que assisti hoje. Recomendo.

O filme é, para início de conversa, alemão. Sim, alemão. Já interessa daí: uma visão alemã do Japão. A história começa na Alemanha, e Trudi fica sabendo da doença fatal de seu marido. Quer fazer viagens, aproveitar a vida, o que é difícil, já que Rudi (seu marido) detesta mudanças na rotina. Vão visitar dois de seus filhos em Berlin, e a viagem não ocorre como gostariam, já que os filhos não têm tempo - nem paciência - para receberem os pais. Dali, vão para a praia onde, subitamente, Trudi morre. Rudi, então, lembrando da grande paixão da mulher pelo Japão e pela dança Butoh, resolve ir visitar seu outro filho que mora em Tóquio, para tentar realizar o desejo da esposa de conhecer o Fuji san. E, a partir daí, o filme se desenrola contrastando diferentes culturas, o modo oriental versus o modo 'ocidental'. Há de se enfatizar a personagem Yu, uma dançarina de butoh, que acaba orientando o longo caminho de Rudi no luto por sua esposa.

Hanami nos dá a oportunidade de experimentar uma visão bastante única de um país tão diferente: do caótico ritmo de Tóquio às belíssimas - e calmíssimas - paisagens, das luzes de Shinjuku (bairro 'moderno e brilhate') aos parques em plena época de flores de cerejeira, todo o contraste no qual vive o povo japonês fascina, e é impossível não tentar (pelo menos tentar) compreender a profundidade de um povo tão diferente do nosso.

É isso que me impressionou mais no filme. A diretora alemã - a meu ver - captou uma essência bastante difícil de ser captada. Sem contar outros detalhes de uma sinceridade única: o difícil relacionamento entre pais e filhos é retratado de uma forma ímpar, desnudando o choque de gerações que, em muitos outros filmes, é mascarado, tornado discreto.

Vale a pena ver o filme, e desta postagem sairá outra em breve, a respeito do Fuji san, o "Mister Fuji".

Bom, essas foram - bem superficialmente - as impressões de uma espectadora absolutamente encantada.

Lúcia

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Japão


Olá, estou de volta...

Acho que não há um único praticante de Aikido que não tenha em algum ponto de sua vida desejado ir ao Japão. Conheço alguns que não têm esse desejo, mas acho que a maioria tem esse sonho. Conhecer o berço da nossa arte. E eu faço parte desse grupo, assim como meu marido.

Cada dia que passa, essa vontade aumenta. O problema para nós, brasileiros, é o preço dessa viagem. De fato, ir para a Europa, por exemplo, é metade do preço. Se você for pesquisar pacotes para o Japão, não vai encontrar nada abaixo dos 10 a 15 mil reais (duas semanas). Isso sem contar refeições, claro. Se for por conta própria, consegue baixar muito esse custo. Mas ainda assim, fica caro.

Enquanto não podemos ir até lá, acho que vale a pena vermos um pouco de algumas cidades do Japão, talvez algo da história também, aqui mesmo, na internet, no meu blog. Vou tentar passar as informações que tenho por aqui. Claro, tudo que eu disser é encontrado com facilidade na internet, mas considerem que, daqui para frente, terei sempre informações sobre o Japão, então pode se tornar um ponto de encontro para nós todos. Aceito sugestões e textos de quem se interessar por mandar algo, ok?

Portanto, na próxima postagem, esperem como tema o Japão!

Beijos

Lúcia

sábado, 13 de fevereiro de 2010

AvóDezanove e o Segredo do Soviético

Hoje resolvi mudar um pouco o assunto. Como muitos sabem, sou estudante de Letras. Comecei por conta do Japonês, mas hoje faço apenas Português (mas estudo nihongo com professora particular). Mas o que não sabem é que me encantei com as literaturas africanas. Sinceramente, não tinha a menor idéia da qualidade e do alto nível de vários escritores. Dentre eles, confesso que encontrei um favorito: Ondjaki. O escritor angolano nascido em 1977 me impressionou com seu modo de escrever, seu humor, sua seriedade... Não vou nem tentar descrever todos os sentimentos que me envolvem durante a leitura de seus livros. Aqui recomendo o mais recente: AvóDezanove e o Segredo do Soviético. A história, que se passa em Praia do Bispo (local onde viveu o escritor durante sua infância), narra os acontecimentos no período de construção do grande Mausoléu de Luanda. Misturando ficção e realidade, criação e memória, é um daqueles livros que a gente começa a ler e não consegue parar mais...

Recomendo!

Lúcia

sábado, 30 de janeiro de 2010

Ao nosso mestre





KAWAI SENSEI (1931 ~ 2010)

Até este semana, eu nunca havia perdido alguém próximo a mim. E até nesse momento, Kawai sensei me ensinou. Ainda está ensinando...

Kawai sensei é um exemplo de várias maneiras. Com seus muitos problemas de saúde, desde a infância, não deixou jamais de fazer o que acreditava ser o certo. Veio ao Brasil (quantas vezes me contou sobre essa viagem... de navio, sem conforto, com doenças ao seu redor...) sem falar nada de português, apenas o "não falo português". Sozinho. Aos poucos, foi desenvolvendo a acupuntura e o Aikido. Em uma época em que poucos sabiam de acupuntura. Viajou mais no Brasil do que a grande maioria de nós, brasileiros de nascença. Aliás, ele amava este país. Jamais pensou em voltar a morar no Japão.

Lentamente, Kawai sensei divulgou o Aikido. E sempre gostou de viajar. Sempre era convidado para dar seminários em vários cantos do Brasil, bem como em outros países da América do Sul e até da Europa. E sempre levava consigo histórias com muito aprendizado.

Quando voltava, contava da viagem, falava do país ou cidade, e de como as coisas mudaram desde a primeira vez que fora para lá. Nagao sensei disse uma verdade: Kawai sensei sempre foi um estudioso, era muito culto. Eu sempre me impressionava nos conhecimentos dele sobre tudo. Podia conversar sobre praticamente qualquer coisa.

Durante sua vida, ele tocou a vida de milhares. E o interessante, pensando em Aikido, é que não há um aluno seu que seja igual ao outro. A técnica sempre muda, como ele dizia: "cada cada"...

 Quem teve a oportunidade de conhecer um pouco mais dele sabe que ele tinha Aikido na alma. Como Ono sensei falou, "Kawai sensei era Aikido". E uma imagem que nunca mais vou esquecer: Ono sensei, pouco antes de fecharem o caixão, segurou as mãos de Kawai sensei, e entoou uma música japonesa. Mas não terminou, em meio a lágrimas, olhou com muito carinho e disse: "Domo arigato gozaimashita"...

E é isso, só isso, que posso dizer também: KAWAI SENSEI, DOMO ARIGATO GOZAIMASHITA, POR TER MUDADO MINHA VIDA PARA SEMPRE, E POR TER ME ENSINADO QUE HÁ SEMPRE O QUE APRENDER, EM TUDO NA NOSSA VIDA.