sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Aikido forte? O que é ser forte em uma arte marcial?


Pessoal,

Aí vai apenas uma sugestão para se pensar. O que é aikido forte??? Hoje em dia eu vejo ouço muito isso... "aikido forte". E ouço elogios... Mas quando comecei a treinar, diferenciávamos "aikido forte" de "aikido vigoroso", ou mesmo de "aikido "forte"". Como não temos uma palavra para tal diferença, "força físico" e "força interior", muita gente confunde, ainda que toda a história do Aikido nos leve a enxergar a busca pela ausência de força física.

Sou mulher. Quase não tenho força física. E estou tão longe de não usá-la em momento algum... Muitas vezes, sinto-me uma fraca, por não conseguir aplicar uma técnica, ou por ser "travada"... Mas digo àqueles que estão começando a treinar: não ter força física parece ser bom no final das contas, pois é fácil fazer força com o bíceps e não perceber, mas é difícil usar só o koshi e o kokyu... É fácil fazer o uke bater e gritar de dor, uma vez que o uke está literalmente se entregando para o treino, o que é difícil é fazer da torção um tratamento por um bem maior, fazer a dor ser uma evolução para o uke. Não ter essa opção, de usar a força, talvez evite que o praticante se engane no Aikido. O caminho é mais árduo, mas tenho certeza que cada vitória sobre si mesmo é ainda mais emocionante!
Se as artes marciais dependessem de força física, certamente seriam muito poucos os praticantes fortes o suficiente para conseguirem evoluir. Entretanto, vemos pessoas de todos os tamanhos e pesos, e idades, praticando. Não só no Aikido, mas em outras artes também.

Quero aprender cada dia mais, e quero cada dia mais me distanciar do uso da força física. Se isso é possível para mim, eu não sei. Mas é minha busca, e sou feliz com ela. Eu quero, SIM, ser forte, e ter um Aikido vigoroso. Mas quero desenvolver a minha força vital, meu "ki", e não meus músculos... Alguém mais vai por esse caminho?

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dolls - o filme

Ontem à noite fui assistir Dolls. Fazia um tempão que eu estava procurando esse filme, e aí aparece uma mostra de filmes japoneses. Como não podia deixar de ser, a companhida de Arekusu san só tornou mais agradável o passeio... Domo arigato!

Bom, para começar, o filme foi na Cinemateca Brasileira, lugar que, por si só, já vale a visita. A Cinemateca foi transferida para o prédio do antigo matadouro municipal, na Vila Mariana, em 1992. Antes, era o Clube de Cinema de São Paulo, que foi fechado pelo Estado Novo e depois reaberto em 1946.

Para quem não sabe, o crescimento do bairro Vila Mariana ocorreu com a abertura do matadouro municipal.

Bom, o ambiente é totalmente diferente de um cinema qualquer. Na entrada do cinema há uns objetos curiosos, referentes à origem do cinema. Quem puder, vá conferir!

Bom, quanto ao filme... poucos são os filmes tão plasticamente bonitos e tão simbólicos. Logo no início, uma cena do teatro kabuki, arte em que se baseia todo o filme. Dali, começa a história de amor central, que vai "amarrando" as duas outras. São dois mendigos amarrados que caminham durante todo o filme, a primeira história de amor. A segunda, de um chefe da yakuza, que deixou sua namorada na juventude e volta ao lugar em que eles se reencontravam e em que ela o espera todo sábado, e a terceira, de uma cantora de popstar que sofre um acidente e um fã fanático que se cega. Todas as histórias têm um mesmo fundo: um passado irrecuperável, a idéia de que o que não foi, não pode ser mais.

As cores no filme também são marcantes: o caminhar do casal de mendigos vai apresentando as estações do ano, e, creio eu que, de alguma forma, as cores das suas roupas vão mudando com o passar do tempo.

Para quem não viu, vale a pena. Eu havia assistido há muito tempo, logo da estréia, em 2002. Era outra pessoa, e muitas das impressões mudaram. Contudo, a sensação de beleza plástica e de simbologia rica permaneceu. E, mesmo mudando, as impressões são ainda melhores!

Recomendo!

Beijos

Lúcia

terça-feira, 25 de março de 2008

Kawai sensei


Apenas uma homenagem a um homem de coragem. Kawai sensei é meu mestre, meu mentor, meu conselheiro, e ainda tenho muito a aprender com ele. Sensei, domo arigato gozaimasu!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Como tratar seu cão ou gato picado ou aferroado por um inseto




De maneira geral, picadas de insetos são inofensivas para os cães, mas se a picada for de uma abelha ou de algum tipo de vespa, a área vai ficar inchada e dolorida. Em casos mais graves, pode ocorrer uma reação alérgica ao veneno do inseto, sendo que algumas raças, como o dachshund, são aparentemente mais propensas a alergias. Importante mencionar que as abelhas, atraídas por áreas escuras, atacam mais os cães pretos ou com manchas pretas no corpo.

Os sinais de uma picada de inseto são inchaço, dor nos músculos e área afetada, vômitos, fraqueza, febre e choque. Os sinais de choque são gengivas pálidas ou brancas, batimento cardíaco acelerado e respiração rápida. Abaixo veremos algumas sugestões úteis do que fazer se seu animal de estimação for picado ou aferroado por um inseto.

-Contenha o cão, se necessário
-Aproxime-se do cachorro lentamente, falando em um tom de voz tranqüilizador.
-Faça uma focinheira no cachorro para sua proteção, se necessário.
-NÃO aperte a área. Se o cachorro foi aferroado por uma abelha, raspe a região com uma faca sem fio para retirar o ferrão imediatamente. Outros insetos não deixam o ferrão na pele.
-Se a área afetada estiver quente e inchada, aplique um creme de cortisona e segure uma bolsa de gelo sobre a pele do cachorro por um período curto de tempo.
-Dê um anti-histamínico.
-Se houver qualquer dificuldade respiratória ou se o rosto parecer inchado, leve o cachorro imediatamente ao veterinário

Todo cuidado é pouco. É realmente assustador ver seu bichinho ficar de repente mole, vomitar, ter queda de pressão com gengivas e língua pálidas de repente. O tratamento é eficaz, se realizado a tempo!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Amar os animais

(foto: Pretinho, um cãozinho que foi abandonado em uma das clínicas em que trabalho, com a pata fraturada. Foi tratado, ficou manquinho, mas é um doce de cãozinho, e está à procura de um dono que dê muito amor e atenção a ele!)
Ser veterinária é amar animais. Mas vai além disso. É compartilhar dos momentos difíceis, é tentar sempre o seu melhor e jamais esquecer que os animais podem não falar, mas eles demonstram o que sentem com o olhar. Muitas vezes vejo colegas examinando os animais sem nem mesmo olharem para eles. Aliás, vejo isso acontecer também em medicina humana. Acho que nós, que trabalhamos com saúde, jamais devemos esquecer que estamos lidando com vidas, com seres vivos que têm sentimentos, no mínimo. E isso vale também para quem os pega, os donos/proprietários/pais... A responsabilidade não diminui simplesmente porque um cão, um gato ou outro animal não fala. O que mais me deixa infeliz é quando atendo um animal que já está mal há muito tempo... Isso corta meu coração, mais ainda quando percebo que mesmo tratando o problema imediato, o bichinho não vai ter mais amor ou atenção por causa disso. Ser veterinária tem muitos, muitos ótimos momentos, mas também há os momentos ruins, como esses... Por isso, eu peço, sempre, que não maltratem os animais. Eles não têm malícia, maldade, nenhum deles. E só o que querem é o nosso amor!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Le vieux et son chien


LE VIEUX ET SON CHIEN

S'il était le plus laid
De tous les chiens du monde,
Je l'aimerais encore
A cause de ses yeux.

Si j'étais le plus vieux
De tous les vieux du monde,
L'amour luirait encore
Dans le fond de ses yeux.

Et nous serions tous deux,
Lui si laid, moi si vieux,
Un peu moins seuls au monde,
A cause de ses yeux.

Pierre MENANTEAU